ENTREVISTAS DO MOFICUSHINTH
Nosso entrevistado deste domingo é
Eloy Melonio. Eloy é professor de inglês, formado pela Faculdade Atenas
Maranhense (FAMA), empresário no ramo da educação, proprietário e diretor do
YES – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras. Como presidente da organização
binacional Companheiros das Américas (1990-1991), representou por duas vezes
seu comitê em eventos nos Estados Unidos. Prof. Eloy também é
escritor, poeta e compositor, tendo publicado dois livros de cunho religioso, A Verdade que Liberta e Os Dois Lados da Cruz, e está prestes a
lançar seu primeiro livro de poesia, Poemas
e Outros Escritos. A série Your
English Series, composta de seis livros dos cursos básico, intermediário e
avançado são também de sua autoria. Eloy Melonio pretende lançar, ainda este
ano, seu primeiro CD autoral, Minhas
Canções, composto de doze músicas, algumas em parceria com outros
compositores.
Tendo aceitado o nosso convite, o
Prof. Eloy Melonio se dispôs gentilmente a responder as seguintes perguntas
para o Blog do MOFICUSHINTH:
BLOG: Qual é o papel da Língua
Inglesa no mundo atual?
EM: O mundo chegou a um ponto em
que a comunicação desempenha papel preponderante, especialmente quando se trata
de negociações, sejam elas de cunho político, cultural ou comercial. Não se
pode mais pensar um mundo globalizado com várias línguas, como se fosse uma
Babel. Nessa alegoria bíblica, vê-se o caos causado por Deus para confundir as
pessoas e destruir um projeto comunitário. Nesse aspecto, o mundo de hoje é bem
mais viável devido a possibilidade de se trocar informações, o que só foi
possível com o aparecimento daquilo que eu chamo “terceira via”, ou seja, uma
língua internacional. Nesse cenário entram, não apenas o inglês, mas
especialmente o espanhol e o francês.
BLOG: Quem mais procura um curso
de inglês, jovens ou adultos?
EM: Hoje em dia todos sentem a
necessidade de aprender inglês, mas eu diria que, neste momento, devido a uma
série de fatores, entre eles a possibilidade de estudar no exterior, através de
programas federais (Ciência sem Fronteiras, por exemplo), jovens adultos,
especialmente os universitários e os recém-formados, formam o grupo mais
significativo.
BLOG: Os eventos esportivos dos
quais o Brasil será sede têm ajudado a alavancar a procura pelo Inglês?
EM: As notícias nos jornais e na
televisão nos mostram que a demanda por inglês alcançou níveis nunca antes
pensados devido aos dois grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar.
Algumas editoras elaboraram livros específicos abordando assuntos ligados a
esses eventos, como saúde, hotelaria, viagens. Escolas especializadas oferecem
cursos direcionados a atender essa necessidade, e algumas prefeituras têm
organizado cursos para taxistas e pessoas que atendem ao público estrangeiro em
visita ao país. E, nessa área, como já foi provado, o Brasil ainda é carente de
gente habilitada para se comunicar em inglês.
BLOG: O Mercosul foi capaz de
aumentar o interesse dos brasileiros pelo Espanhol?
EM: Houve, no início desse
organismo, uma corrida para se estudar espanhol, achando-se que essa língua
ganharia destaque no Brasil, especialmente porque nossos vizinhos falam
espanhol. Não foi o que aconteceu. É claro que o espanhol ganhou destaque e
tornou-se a segunda língua estrangeira mais estudada no Brasil. O mesmo ocorre
hoje com o mandarim, esperando-se que a China desbanque os Estados Unidos nas
próximas décadas. E também já aconteceu com o japonês na década de 1970, quando
o Japão ganhou mercado internacional com seus produtos de altíssima qualidade.
O inglês mantém sua hegemonia como língua estrangeira mais falada no mundo.
BLOG: Como o sr. vê a situação
dos Estados Unidos hoje no mundo (culturalmente)?
EM: Mesmo com concorrentes de
peso, como Canadá, Austrália, Reino Unido, África do Sul, os Estados Unidos
continuam em primeiro lugar na preferência daqueles que querem estudar inglês,
viajar de férias ou fazer um curso superior. As embaixadas não dão conta de
emitir tantos vistos diariamente, e as reclamações das pessoas sobre a
dificuldade de entrar nesse país ecoam por todos os lados.
BLOG: Os estudantes relacionam a
Língua Inglesa mais aos Estados Unidos ou ao Reino Unido? Por quê?
EM: A cultura americana
espalhou-se pelo mundo através de suas poderosíssimas indústrias musical e
cinematográfica. Por isso, especialmente no Brasil, os estudantes associam o
inglês mais a esse país norte-americano. Quem não conhece Michael Jackson,
Madonna, Superman, Disney World, Tom Cruise? Os professores de inglês usam
músicas e filmes em suas atividades lúdicas, e esses geralmente são produtos
americanos. Os livros também acompanham essa tendência.
BLOG: Em sua opinião, o grau de
dificuldade nas provas de língua inglesa, no ENEM e outros vestibulares, para
estudantes que nunca fizeram um curso de inglês é significativo diante dos que
já fizeram ou fazem?
EM: O novo formato das provas do
Enem, em relação aos vestibulares tradicionais, foi bem assimilado pelos
estudantes. Falo daqueles da escola particular, da qual conheço melhor a
realidade. Isso porque se coadunam com a abordagem comunicativa, hoje em voga
nos métodos de muitas escolas e nos livros das grandes editoras.
BLOG: Os programas de “Ensino a
Distância” e a própria Internet têm favorecido o aprendizado da Língua Inglesa?
EM: Sim. Nunca foi tão estudar
inglês. Ofertas de cursos online aparecem a todo instante na tela dos nossos
computadores. E essas ofertas atendem às necessidades daqueles que não dispõem
de tempo para fazer um curso convencional.
BLOG: Em sua opinião, São Luís
está bem servida de cursos de idiomas ou a demanda ainda é pequena para tantas
escolas?
EM: Desde que entrei no mundo do
inglês, São Luís conta com escolas de idiomas de excelente qualidade. Nessa
época, três escolas disputavam o já grande número de interessados: ICBEU,
Yázigi e John Kennedy Center. Hoje, essa oferta chegou a uma situação onde –
pode-se dizer – existe um curso de inglês nos principais bairros de São Luís.
Antes, os alunos tinham de se deslocar ao centro para frequentar um curso.
BLOG: Fale um pouco sobre o
método e os programas (intercâmbio, etc) do Curso YES.
EM: Nosso método prioriza a
“comunicação”, uma habilidade mais ampla que apenas falar a língua. O “método
funcional”, sedimentado pela abordagem comunicativa, propicia ao aluno a
oportunidade de aprender o que é relevante para sua necessidade de se comunicar
com naturalidade em
inglês. Entendemos que “aprender uma língua é aprender a
comunicar-se nessa língua”. A expressão “saber inglês” cede lugar para
“comunicar-se em inglês”, mais apropriada às necessidades de nosso mundo.
Quanto ao intercâmbio, temos parceria com a EF, maior empresa de intercâmbio
cultural do mundo.
BLOG: Muitíssimo obrigado por sua participação aqui conosco!
EM: Eu é que agradeço a vocês pelo convite.
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