domingo, 12 de maio de 2013

ENTREVISTA COM ELOY MELONIO


ENTREVISTAS DO MOFICUSHINTH


Nosso entrevistado deste domingo é Eloy Melonio. Eloy é professor de inglês, formado pela Faculdade Atenas Maranhense (FAMA), empresário no ramo da educação, proprietário e diretor do YES – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras. Como presidente da organização binacional Companheiros das Américas (1990-1991), representou por duas vezes seu comitê em eventos nos Estados Unidos. Prof. Eloy também é escritor, poeta e compositor, tendo publicado dois livros de cunho religioso, A Verdade que Liberta e Os Dois Lados da Cruz, e está prestes a lançar seu primeiro livro de poesia, Poemas e Outros Escritos. A série Your English Series, composta de seis livros dos cursos básico, intermediário e avançado são também de sua autoria. Eloy Melonio pretende lançar, ainda este ano, seu primeiro CD autoral, Minhas Canções, composto de doze músicas, algumas em parceria com outros compositores.
Tendo aceitado o nosso convite, o Prof. Eloy Melonio se dispôs gentilmente a responder as seguintes perguntas para o Blog do MOFICUSHINTH:  

BLOG: Qual é o papel da Língua Inglesa no mundo atual?
EM: O mundo chegou a um ponto em que a comunicação desempenha papel preponderante, especialmente quando se trata de negociações, sejam elas de cunho político, cultural ou comercial. Não se pode mais pensar um mundo globalizado com várias línguas, como se fosse uma Babel. Nessa alegoria bíblica, vê-se o caos causado por Deus para confundir as pessoas e destruir um projeto comunitário. Nesse aspecto, o mundo de hoje é bem mais viável devido a possibilidade de se trocar informações, o que só foi possível com o aparecimento daquilo que eu chamo “terceira via”, ou seja, uma língua internacional. Nesse cenário entram, não apenas o inglês, mas especialmente o espanhol e o francês.

BLOG: Quem mais procura um curso de inglês, jovens ou adultos?
EM: Hoje em dia todos sentem a necessidade de aprender inglês, mas eu diria que, neste momento, devido a uma série de fatores, entre eles a possibilidade de estudar no exterior, através de programas federais (Ciência sem Fronteiras, por exemplo), jovens adultos, especialmente os universitários e os recém-formados, formam o grupo mais significativo.

BLOG: Os eventos esportivos dos quais o Brasil será sede têm ajudado a alavancar a procura pelo Inglês?
EM: As notícias nos jornais e na televisão nos mostram que a demanda por inglês alcançou níveis nunca antes pensados devido aos dois grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar. Algumas editoras elaboraram livros específicos abordando assuntos ligados a esses eventos, como saúde, hotelaria, viagens. Escolas especializadas oferecem cursos direcionados a atender essa necessidade, e algumas prefeituras têm organizado cursos para taxistas e pessoas que atendem ao público estrangeiro em visita ao país. E, nessa área, como já foi provado, o Brasil ainda é carente de gente habilitada para se comunicar em inglês.

BLOG: O Mercosul foi capaz de aumentar o interesse dos brasileiros pelo Espanhol?
EM: Houve, no início desse organismo, uma corrida para se estudar espanhol, achando-se que essa língua ganharia destaque no Brasil, especialmente porque nossos vizinhos falam espanhol. Não foi o que aconteceu. É claro que o espanhol ganhou destaque e tornou-se a segunda língua estrangeira mais estudada no Brasil. O mesmo ocorre hoje com o mandarim, esperando-se que a China desbanque os Estados Unidos nas próximas décadas. E também já aconteceu com o japonês na década de 1970, quando o Japão ganhou mercado internacional com seus produtos de altíssima qualidade. O inglês mantém sua hegemonia como língua estrangeira mais falada no mundo.

BLOG: Como o sr. vê a situação dos Estados Unidos hoje no mundo (culturalmente)?
EM: Mesmo com concorrentes de peso, como Canadá, Austrália, Reino Unido, África do Sul, os Estados Unidos continuam em primeiro lugar na preferência daqueles que querem estudar inglês, viajar de férias ou fazer um curso superior. As embaixadas não dão conta de emitir tantos vistos diariamente, e as reclamações das pessoas sobre a dificuldade de entrar nesse país ecoam por todos os lados.

BLOG: Os estudantes relacionam a Língua Inglesa mais aos Estados Unidos ou ao Reino Unido? Por quê?
EM: A cultura americana espalhou-se pelo mundo através de suas poderosíssimas indústrias musical e cinematográfica. Por isso, especialmente no Brasil, os estudantes associam o inglês mais a esse país norte-americano. Quem não conhece Michael Jackson, Madonna, Superman, Disney World, Tom Cruise? Os professores de inglês usam músicas e filmes em suas atividades lúdicas, e esses geralmente são produtos americanos. Os livros também acompanham essa tendência.

BLOG: Em sua opinião, o grau de dificuldade nas provas de língua inglesa, no ENEM e outros vestibulares, para estudantes que nunca fizeram um curso de inglês é significativo diante dos que já fizeram ou fazem?
EM: O novo formato das provas do Enem, em relação aos vestibulares tradicionais, foi bem assimilado pelos estudantes. Falo daqueles da escola particular, da qual conheço melhor a realidade. Isso porque se coadunam com a abordagem comunicativa, hoje em voga nos métodos de muitas escolas e nos livros das grandes editoras.

BLOG: Os programas de “Ensino a Distância” e a própria Internet têm favorecido o aprendizado da Língua Inglesa?
EM: Sim. Nunca foi tão estudar inglês. Ofertas de cursos online aparecem a todo instante na tela dos nossos computadores. E essas ofertas atendem às necessidades daqueles que não dispõem de tempo para fazer um curso convencional.

BLOG: Em sua opinião, São Luís está bem servida de cursos de idiomas ou a demanda ainda é pequena para tantas escolas?
EM: Desde que entrei no mundo do inglês, São Luís conta com escolas de idiomas de excelente qualidade. Nessa época, três escolas disputavam o já grande número de interessados: ICBEU, Yázigi e John Kennedy Center. Hoje, essa oferta chegou a uma situação onde – pode-se dizer – existe um curso de inglês nos principais bairros de São Luís. Antes, os alunos tinham de se deslocar ao centro para frequentar um curso.

BLOG: Fale um pouco sobre o método e os programas (intercâmbio, etc) do Curso YES.
EM: Nosso método prioriza a “comunicação”, uma habilidade mais ampla que apenas falar a língua. O “método funcional”, sedimentado pela abordagem comunicativa, propicia ao aluno a oportunidade de aprender o que é relevante para sua necessidade de se comunicar com naturalidade em inglês. Entendemos que “aprender uma língua é aprender a comunicar-se nessa língua”. A expressão “saber inglês” cede lugar para “comunicar-se em inglês”, mais apropriada às necessidades de nosso mundo. Quanto ao intercâmbio, temos parceria com a EF, maior empresa de intercâmbio cultural do mundo.

BLOG: Muitíssimo obrigado por sua participação aqui conosco!
EM: Eu é que agradeço a vocês pelo convite.

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