terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ética em Movimento


PROF. JAYA E A ÉTICA ARISTOTÉLICA

Depois de emplacar pela segunda vez uma matéria de capa, com o artigo “Immanuel Kant, um divisor de águas”, e trazer novamente à baila o filósofo Friedrich W. Nietzsche, com o belíssimo artigo “O estilo mitopoético da loucura”, o Prof. Jaya está de volta às bancas de revista com um instrutivo texto sobre a Ética em Aristóteles. Trata-se de um artigo bastante apropriado para este momento em que assistimos mais uma vez, infelizmente, o descaso dos políticos com seus eleitores, como ficou claro, neste começo de ano, com um número assustador de prefeituras, que foram entregues aos novos prefeitos totalmente sucateadas, com os caixas no vermelho, e, no caso particular, aqui de São Luís do Maranhão, com um inaceitável desperdício de material escolar, veículos e equipamentos de informática.

Em seu artigo “Longe de Aristóteles, longe do coração”, nosso diretor discorre sobre como Aristóteles pensava a ética – não como uma virtude ou um comportamento próprio apenas de homens da política, mas necessário também a todo homem comum, todo cidadão, todo membro de uma sociedade. Aristóteles defendia uma postura ética prática, ou seja, em exercício, e não com meras palavras bonitas, promessas que não se cumprem e que só fomentam a política demagógica de muitos homens que se lançam aos cargos públicos.

O professor lembra que, para Aristóteles, o viver ético é o viver para o bem. Diz o texto: “Não um bem particular e interesseiro, mas um bem coletivo e comum”. A intenção do nosso diretor é despertar nos leitores uma vontade de não se submeter, não admitir que “tudo vai ser sempre assim”, que “a política será sempre essa demagogia e essa corrupção sistêmica”. Ele deseja despertar nos seus leitores um desejo latente em seus corações de serem homens dignos, justos e o mais felizes possível. Por isso cita Aristóteles, dizendo: “Realizando ações justas, tornamo-nos justos; ações moderadas, moderados; ações corajosas, corajosos”.

O trabalho do Prof. Jaya, seja enquanto articulista em revistas de Filosofia de alcance nacional, seja como educador nos limites da sala de aula, é sempre pautado no mesmo compromisso com o qual se dedica à frente deste Movimento, que é o de levar às pessoas um conhecimento, uma educação que as faça desejar uma melhor qualidade de vida, que as faça buscar a compreensão de suas verdadeiras identidades na existência e fora dela. Parece necessário reaprender a ser “um ser humano”, e essa é a sua incansável missão, enquanto filósofo e educador.


Percebe-se claramente a filosofia prática, ou seja, a Terapia Hari, nos escritos do professor, sempre como um pano de fundo, uma sutil nuance ou quase uma insinuação de si mesma. Por isso, tanto a T.H* quanto o MOFICUSHINTH* estão sempre presentes em cada artigo publicado pelo nosso fundador. Não apenas nos créditos expostos no rodapé da última página, mas em toda a sequência de ideias e de ensinamentos, seus ou dos autores de que trata, nos trabalhos que publica.

Mais uma vez, estamos agradecidos e felizes com mais essa realização, e parabenizamos o nosso diretor por mais esse belo trabalho. 

2 comentários:

  1. Professor,
    li o artigo "Longe de Aristóteles, longe do coração" na revista "Filosofia" e gostei muito. Ao final da matéria o senhor diz que "Porém quando os representantes políticos...," "...dificilmente encontramos nessa sociedade valores éticos" qual de fato é a mensagem? Nossa sociedade não possui valores éticos elevados e por isso temos governantes corruptos, como os que aí estão em grande parte?
    Poderia, por favor, explanar o seu ponto de vista?

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  2. Muito obrigado por ter lido meu artigo e por seus comentário sobre o mesmo. Bem, sobre sua indagação, o que tenho a dizer não parte de um pensamento exclusivamente meu, mas encontrado no próprio corpo do artigo como sendo de Aristóteles. Ou seja, a Ética é uma práxis, portanto um valor ético só existe de fato se aplicado por quem se diz possuidor desse valor. Se temos, sempre e recorrentemente, os mesmos políticos corruptos, eleitos legitimamente pelo povo e, dessa forma, representantes legítimos da nossa sociedade, consequentemente somos os fomentadores dessa não-ética - isto é, tal valor não existe ou é inválido, o que dá no mesmo!

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