quarta-feira, 20 de abril de 2011

A T.H* E A ORDEM ROSACRUZ

ENSINAMENTOS QUE DÃO MOVIMENTO


Na década de 1980, o sistematizador da Terapia Hari*, o Prof. Jaya Hari Das, filiou-se à Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis - AMORC, longe ainda de suspeitar que os ensinamentos dessa Ordem direcionariam  seus estudos filosóficos de forma irreversível e seriam um dos fundamentos do MOFICUSHINTH*.

Fazendo um resgate e, ao mesmo tempo, uma homenagem à Ordem Rosa Cruz, escolhemos um excerto de uma das monografias enviadas ao professor, para ser estudada naquela época. O texto fala da importância dos grandes pensadores do passado para o progresso do pensamento e das ciências; como os antigos filósofos percebiam o Cosmo e suas relações com os seres vivos e as coisas. Vejamos:

CONCORDÂNCIA
CONSIDERAÇÃO SEMANAL DE UMA OPINIÃO FAMOSA

É espantoso, quando examinamos as obras ou os escritos de pensadores eminentes do passado, perceber como eles anteciparam nossos problemas atuais, como lutaram com os mesmos mistérios com que lutamos, e como eles eram avançados em seu pensamento em relação às massas de sua época. É interessante que você leia abaixo, um excerto dos escritos do filósofo romano Sêneca, a propósito da posse ou propriedade. Veja com que clareza ele salienta o fato de que qualquer coisa que o homem tenha, inclusive o seu corpo, é como que mantida em custódia para o Cósmico.

“Esses meus comentários se aplicam somente a naturezas imperfeitas, comuns e débeis, e não ao sábio, que não precisa caminhar com passos tímidos e cautelosos; pois, ele tem tal confiança em si mesmo que não hesita em desafiar o Destino, a que nunca cede. Nem tem ele na verdade qualquer motivo para o temer, porque considera não apenas escravos, propriedades e cargos elevados, mas até mesmo o seu corpo, seus olhos, suas mãos, e tudo o que torna a vida mais cara para nós, inclusive o seu próprio ego, como coisas cuja posse é incerta; vive como se as tivesse tomado por empréstimo e está pronto para devolve-las de bom grado quando quer que elas sejam reclamadas. Não obstante, ele não se menospreza, porque sabe que não se pertence mas cumpre todos os seus deveres tão diligente e prudentemente como o homem piedoso e escrupuloso tomaria conta de uma propriedade que lhe fosse entregue em custódia. Quando chamado a devolver essas coisas, não se queixa do Destino, mas, diz: “Agradeço-te pelas coisas que estiveram em meu poder; administrei tua propriedade de modo a aumentá-la muito, mas já que assim me ordenas, eu a devolvo de boa vontade e com gratidão. Se ainda desejas que possua algum dos teus bens, eu o conservarei para ti; do contrário, eu passo novamente às tuas mãos toda a prata que lavrei e cunhei, minha casa e meus bens domésticos”. Quando a Natureza reclamar o que antes nos confiou, digamos também a ela: “Leva de volta o meu espírito, que está melhor do que quando tu o deste a mim; eu não vacilo nem protelo. Por minha própria vontade, estou pronto para devolver o que deste antes mesmo que eu possa pensar: leva-me contigo”. Um homem não pode viver bem se não sabe morrer bem”.

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Parece-nos relevante salientar que muitas vezes e por muitos anos as Ordens Místicas, tais como a Rosacruz e a Maçonaria, foram vítimas de preconceitos por parte das massas incultas – sim, porque preconceito e superstição é alimento e atitude dos ignorantes, no mais alto nível de significação deste termo -, porém, como a população destituída de conhecimento verdadeiro é massa de manobra das elites e dos governantes instruídos, os membros de tais Ordens sofreram perseguição por parte dos Governos e da Igreja Cristã, sendo considerados como revolucionários e hereges, portanto, nocivos e demoníacos, respectivamente.
É, também, lamentável perceber que entre algumas sociedades contemporâneas tal preconceito ainda persista e que, a despeito de toda evolução do pensamento e das ciências humanas, ainda tenhamos de lançar mão das armas de destruição em massa para destituir do poder governantes autoritários e absolutistas que nós mesmos, democraticamente, colocamos no Governo, e ainda aceitemos as orientações retrógradas e ultrapassadas de uma Igreja que leva séculos para admitir seus erros e atrocidades e, pior que isso, ainda consegue, mesmo nos dias atuais, recrutar fiéis em meio à massa dos ignorantes.

Este Movimento é, sem dúvida, uma bandeira de resistência contra tais preconceitos e será sempre uma voz de denúncia contra pessoas ou comunidades medievas, ainda existentes na atualidade, assim como será a voz incansável pela libertação do ser humano do preconceito e da superstição.

Saudações aos nobres pensadores de todos os tempos, aos irmãos da Ordem Rosacruz e da Maçonaria, e a todos quanto, até aqui, abriram caminho em direção à luz do conhecimento, em meio ao obscurantismo promovido por Governos e Religiões. 

                                                                                                             Hj. Narada Krishna
                                                                                                       Secretário de Comunicação

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